NOITE VELOZ
Há um grito perdido na noite.
Há um bêbado quebrando garrafas
Na esquina.
Há um orgasmo sufocado entre
Quatro paredes.
Há um despertador programado para acordar
Às cinco da manhã o jovem vendedor.
E um ataque cardíaco que faz prolongar
O sono de um velho esquizofrênico.
Há um poeta insone a destilar
Palavras ermas de sentido na
Pele alcalina do papel
A esperar que a manhã venha
Recobrar-lhe os sentidos e devolvê-lo
À trágica banalidade dos dias.
* * *
Goiânia, 06 de setembro de 2010.
Goiânia, 06 de setembro de 2010.
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