segunda-feira, 13 de junho de 2022

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sábado, 27 de fevereiro de 2021

A importância da energia solar no Brasil

 


Há algum tempo tenho refletido sobre a necessidade de obtermos fontes de energia renováveis, como forma de garantir nossa sobrevivência no planeta. Os modelos tradicionais, além de impactarem diretamente a natureza, não conseguirão atender a toda demanda mundial no futuro.

O Brasil é o país do mundo que possui a maior taxa de irradiação solar. Somos agraciados com uma média de insolação superior a 3000 horas por ano. Esse é um potencial que precisa ser aproveitado ao máximo. No entanto, o uso da energia solar no Brasil corresponde a apenas 1,7% de toda a matriz energética do país.

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segunda-feira, 6 de julho de 2020

A saudade de Manoel de Barros


Ausente entre nós desde 13 de novembro de 2014, é inegável a falta que o poeta matogrossense Manoel de Barros nos faz. Em tempos de aspereza cada vez mais exacerbada, a ausência da sua candura e o seu olhar onírico sobre a vida faz desse mundo um lugar mais pálido, menos interessante. 

A seguir, alguns poemas de Manoel de Barros, para que possamos recobrar a inocência outrora perdida.


O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.


Retrato do artista quando coisa

A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.


Tratado geral das grandezas do ínfimo

A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.


O menino que carregava água na peneira

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e
sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.

A mãe disse que era o mesmo
que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces
de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio, do que do cheio.
Falava que vazios são maiores e até infinitos.

Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito,
porque gostava de carregar água na peneira.

Com o tempo descobriu que
escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.

No escrever o menino viu
que era capaz de ser noviça,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.

O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor.

A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta!
Você vai carregar água na peneira a vida toda.

Você vai encher os vazios
com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

O mistério da mulher


Certa altura, a poetisa mineira Henriqueta Lisboa definiu de modo sublime que “o mistério da mulher está em cada afirmação ou abstinência, na malícia das plausíveis revelações, no suborno das silenciosas palavras”. Com total razão: mulher é puro encantamento, ser mítico, miragem no deserto da solidão de qualquer homem ou de quem a deseje.

Acerca da geometria das linhas, particularmente me encantam as imperfeições: a barriguinha saliente, coxas e nádegas volumosas travando lutas homéricas com o jeans, as maçãs ressaltadas, pintas aspergidas ao longo da pele... Um conjunto assim, acompanhado de uma personalidade enigmática, e logo sinto tremer o chão sob meus pés.

Nada contra as assíduas frequentadoras de academia. Contudo, é com melancólica tristeza que diviso a moça em frente ao espelho em busca da selfie perfeita. Infindáveis exercícios para alcançar músculos bem definidos, tal qual um lutador de MMA. A cada série concluída, uma postagem nas redes sociais em busca de aprovação do mundo, como se dissesse “ei, não me ignorem, estou fazendo minha parte!”. Me pergunto se há feminilidade nisso tudo. E me preocupo se tantos exercícios também não podem enrijecer a alma dessas mulheres, a ponto de torná-las seres desprovidos de ternura. Que diria você, meu caro Vinicius de Moraes, para quem a mulher tinha que ter qualquer coisa além da beleza? No dia dos namorados, preferem chocolates acompanhados de belas flores e um bilhete romântico, ou uma caixa daquelas famigeradas barrinhas proteicas? Triste dilema, caros mancebos.

Ainda prefiro a moça que não se escusa de dividir comigo uma garrafa de cerveja num sábado de calor, tampouco se furta ao prazer de uma carne suculenta, afinal cerveja e churrasco fazem parte do banquete dos deuses do Olimpo.  Que sabe olhar além das supostas imperfeições refletidas no espelho, e que descobriu que a melhor forma de se caminhar pela vida é pisando leve, com passos lépidos de criança. Que há tempos superou o jogo das aparências, e aprendeu a enxergar no fundo dos olhos de quem a contempla a estética da alma.


Gurupi, 21 set 2015.

sábado, 26 de setembro de 2015

Sombras da alma

Existe lá fora um sol que arde inclemente, como se dissesse, em repúdio a toda forma de escuridão: - Não haverá trevas sobre a terra, senão a luz!

Humildemente discordo do onipotente astro-rei. Trago no espírito minhas sombras, lugares ermos onde residem criaturas fantasmagóricas do passado, que de tempos em tempos assolam meus pensamentos. Os escuros da alma...

Levei um tempo para descobrir que não havia modo de aniquilar as ditas criaturas. Estarão comigo até o fim dos meus dias. Quem sabe resolvam adormecer profundamente, a ponto de esquecer por completo minhas lembranças.

Fato é que inevitavelmente outras criaturas se somarão às já existentes, num processo contínuo que envolve o próprio existir. Isso porque viver é estar exposto a toda sorte de emoções. No grande fluxo da existência, inevitavelmente sofremos os influxos do destino. Podemos acordar alegres, e repentinamente sofrermos o revés de um triste evento. Ou quem sabe, ao despertarmos num dia melancólico, sem qualquer perspectiva, podemos encerrá-lo exultantes e cheios de esperança, tal qual ocorre no exato instante em que a paixão adentra de modo avassalador nossos corações.

No findar destas linhas, sei que algum antigo fantasma estará à minha espreita. Mas não há motivo para temor. Hei de encará-lo no fundo dos seus olhos de gelo. E inevitavelmente estarei diante de um espelho, totalmente despido, observando algum medo que teima em não partir.

* * * 

Gurupi, set 2015.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

O homem nu

Virou notícia instantânea: por volta das 12:30 horas desta terça-feira, um homem completamente nu foi visto caminhando tranquilamente pelas imediações do bairro Floresta, em Belo Horizonte.

Não conheço a capital mineira, tampouco o dito bairro, mas em uma pesquisa rápida (menos de um minuto), pude constatar tratar-se de um local onde residem pessoas ordeiras e trabalhadoras em sua esmagadora maioria. Ao que me consta, até mesmo o escritor Carlos Drummond de Andrade lá residiu por alguns anos.

Quanto ao nosso personagem, nada do que foi registrado pelos curiosos seria capaz de desabonar sua reputação, a não ser a insólita situação em que se encontrava em razão da ausência de vestes.

Em dado momento, foi visto fazendo alguns alongamentos, coisa absolutamente normal em se tratando de exercícios físicos altamente recomendáveis, visto que proporcionam maior flexibilidade muscular. Fora isso, nada digno de nota.

Pelo horário, talvez estivesse procurando algum local para almoçar após ter discutido com a esposa, em que pese a remotíssima chance de ser admitido em qualquer estabelecimento em razão da ausência de trajes. Ou ainda, tenha sido apenas um protesto silencioso contra o consumismo desenfreado da nossa sociedade, que hoje paga um alto preço em razão da ingerência que se instalou na administração do país.  

Quiçá estivesse apenas com calor, afinal de contas o aquecimento global está aí, acreditem ou não, e é bem capaz que o nosso personagem esteja apenas antecipando uma tendência, pois é certo que com o aumento gradativo das temperaturas, inevitavelmente seremos obrigados a diminuir a quantidade de peças do nosso vestuário.

Enfim, não sei qual foram os seus motivos, mas o saúdo pela coragem, caro amigo mineiro, pois não há vergonha alguma em sair por aí totalmente despido quando se é um cidadão de bem, cumpridor das suas obrigações. Triste é constatar que em contraposição à sua nudez, homens e mulheres bem trajados, vestindo ternos e sapatos das mais caras grifes, têm feito desta terra uma pátria que nos últimos tempos somente desperta vergonha em seus filhos. 

* * *

Gurupi, 22 set 2015.

Dialogando com Mario Quintana


Mestre Quintana, veja só, aprontaste das suas até mesmo no dia da sua partida.  Não queria saber de barulho no velório, bajulações tardias e sem propósito. Escolheu justamente o famigerado 5 de maio de 1994, dia em que o país, tomado por uma comoção generalizada, despedia-se do piloto Ayrton Senna da Silva.

Mestre Quintana, neste canto do mundo onde diviso apenas solidão e desassossego, os seus cantares me guiam dentro da noite escura. Luzem estrelas luares, vossos quintanares, conforme a suprema sapiência de Manuel Bandeira.

“Quem faz um poema salva um afogado”. Fato incontroverso, caro poeta. Teus versos são boias atiradas ao mar dos desesperados. Inegavelmente carregam um sopro de vida, estes teus versos.

Mestre Quintana, certo dia me ensinaste que um desejo utópico não merece ser desprezado. “Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las”.

Me cerco de desejos inatingíveis neste momento, caro mestre. A esperança de um mundo melhor para todas as criaturas. O perfume doce de uma boca de mulher. A liberdade de voar fora da asa. Paz para os espíritos beligerantes, inclusive o meu. Quimeras, amigo poeta.

“O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anos/E foi morrer na gare de Astapovo!... Ele fugiu de casa.../Ele fugiu de casa aos oitenta anos de idade.../Não são todos que realizam os velhos sonhos da infância!”. Espero um dia ser velho o bastante, mestre Quintana, e quem sabe realizar os sonhos aos quais não compareci.

* * *

Rio Verde, 10 set 2015.