FALLUJAH
persuadidos pelo silêncio
da noite escura
notas de veludo e pólvora
suspensas no ar
entrincheirados e sorridentes
avançamos
por entre os cadáveres
da antevéspera
há menos de um ano
numa noite como esta
dançávamos
ao som do violino do velho
que tocava sem cessar
avancemos
ainda que retesados e febris
nossos corpos
dentro da noite fria
ao longe o clarão de chamas
flamas ruivas e famintas
debruçando-se sobre a gare
arrastando-se pela planície
soa o chamado do trem
o último a despedir-se do continente
caminhemos
em meio aos escombros incandescidos
da estação
nossos corpos febris tocarão o fogo
ainda assim
sobreviveremos
* * *
GOIÂNIA, 19 JAN 2008
persuadidos pelo silêncio
da noite escura
notas de veludo e pólvora
suspensas no ar
entrincheirados e sorridentes
avançamos
por entre os cadáveres
da antevéspera
há menos de um ano
numa noite como esta
dançávamos
ao som do violino do velho
que tocava sem cessar
avancemos
ainda que retesados e febris
nossos corpos
dentro da noite fria
ao longe o clarão de chamas
flamas ruivas e famintas
debruçando-se sobre a gare
arrastando-se pela planície
soa o chamado do trem
o último a despedir-se do continente
caminhemos
em meio aos escombros incandescidos
da estação
nossos corpos febris tocarão o fogo
ainda assim
sobreviveremos
* * *
GOIÂNIA, 19 JAN 2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário